sexta-feira, 7 de setembro de 2018

048 - Acróstico Viajantes Literários

imagem diagramada por Suzana Rangel


Viajamos pelas folhas,
Indomáveis que escolhemos ler.
Alcançamos em tempo recorde,
Jornadas que nossos olhos vêm.
Assim viajamos nos livros,
Nas letras formadas e impressas,
Teimosas que adquirem vida,
Enquanto às lemos,
Sob formas que escolhemos.

Literariamente adormecemos,
Inspirados por essas histórias,
Travessas, imaginárias e viciantes.
Empoeiradas as limpamos,
Rasgadas as colamos,
Amassadas apenas acarinhamos.
Riscadas as aceitamos,
Importa que estejam inteiras,
Ostentando o verdadeiro enredo,
Somente escrito por alguém.

Versos escritos por
Jussara Melo




sábado, 25 de agosto de 2018

047 - ABUSO


#PraCegoVer
Na imagem vemos a foto de uma mulher com o olhar triste e angustiado. Ela está atrás de alguma folhagem o que nos permite ver apenas uma parte do seu rosto.

Tive um dia o verde
Como esperança
Senti na pele o vigor
De uma imensa lembrança
Que se apagou como uma luz
E fiquei a lhe esperar
Como abuso.
Jussara Melo
Parte do Livro de Poesias Madrugais
10/10/1980




sexta-feira, 22 de junho de 2018

046 - INSÔNIA


É madrugada, o apito noturno me ilude proteção.
Ele está tão longe, mas mesmo assim ouço ruídos
Quem será que ligou o motor?
O som me desperta mais um pouco
E quando abro os olhos... Escuridão.
Onde estou?
Quem me desperta essa hora?
Que bêbado cambaleia em meu portão?
Meu cão late, e surge em meus ouvidos,
Uma sinfonia noturna, estridente, persistente.
Parem! Grito mentalmente.
É madrugada.
De repente o silêncio, calmo, assustador.
Como se todas as coisas estivessem mortas
Ensurdeci. E me senti tão só.
É madrugada, é noite gelada.
Alguém sonha ao meu lado,
Sonha o que não consigo ter... Sonho.
Meu sonho é acordado, é cansado.
A respiração é lenta, o nervosismo aumenta.
A cabeça balança feito um pêndulo.
Vai ao trabalho, vai ao amado.
Vem lamentando estar acordado.
É madrugada fria.
Minha mente aflita, minha noite perdida,
O sono partiu, quando fiquei só, quando todos partiram.
Os minutos passam lentos, conto os segundos,
Meus olhos acostumados com a escuridão vêem você.
Calmo, lindo ao meu lado.
Poderia te amar agora, poderia te dar muito de mim,
Mas teu sono é tão merecido, tão tranqüilo, tão excitante,
Que desisti.
Escrita em 05/09/2010
Veja mais em:
LIVRO MADRUGAIS
autora: Jussara Melo
https://clubedeautores.com.br/book/

sexta-feira, 8 de junho de 2018

QUANDO SÓ PODEMOS DIZER NÃO



Muitas vezes a realização plena do amor é impossível. Geralmente demoramos algum tempo para aceitar o fim e a partir de agora iremos falar sobre uma palavra que ninguém gosta de ouvir e que muitas vezes é difícil de dizer, a famigerada palavra não.
A negação que esta palavrinha carrega é muito maior que podemos supor, ela representa crenças que acreditamos e toda vontade inversa do que muitas vezes sentimos. Alguns fatores sociais, religiosos, familiares e até sexuais corroboram para que mulheres neguem por vezes a realização plena desse amor.
Como um fator social bem comum vemos que muitos casais não se formam por um dos dois ser de classe social muito inferior ao outro. Uma amiga uma vez me contou que conheceu um homem muito rico, um estrangeiro influente em seu país de origem, ele aparentemente estava muito interessado por ela, dizia que pretendia conhecê-la pessoalmente, mas alguns fatores levaram essa minha amiga a dizer não. Um deles era o fato dele ser muito rico e ela da classe média brasileira, outro fator importante foi a idade, ele era pelo menos 15 anos mais velho que ela e também a distância que os separavam por viverem em países diferentes. Isso foi o que minha amiga me contou, mas eu vou mais alem. Dizemos não quando alem de alguns fatores externos não sentimos internamente o suficiente para dizer sim. Quando não sentimos amor, excitação o desejo de querer estar junto, tudo isso junto é que nos faz dizer não e provavelmente o que levou minha amiga a dizer também.
Fatores religiosos também podem influenciar uma mulher a dizer não. Vemos inúmeros casos de amores desfeitos por ou um ou outro não pertencer à mesma crença, filosofia ou religião.
Nem sempre conseguimos respeitar e entender a opção do outro, queremos que ele esteja sempre ao nosso lado, compartilhando de tudo e acreditando em tudo que cremos. Seria ótimo se o coração tivesse uma seta tão certeira assim e escolhesse amar justo aquela pessoa que combina em número, gênero e grau com você, mas ledo engano pensar que tudo isso se possa encontrar em uma só pessoa. Somos diferentes, acreditamos de forma distinta nas pessoas, nas divindades e etc. e cada um evolui na fé a seu tempo, quando não conseguimos aceitar isso no outro dizemos não.
O tempo muda as pessoas, mas nem sempre temos paciência e fé suficientes para esperar que isso aconteça.
Os fatores sexuais hoje são menos comuns, as mulheres estão mais soltas, liberadas e muito cedo iniciam sua vida sexual, mas ainda existem no meio de nós meninas e mulheres que guardam seu coração e seu corpo para o homem que escolher como esposo. Muitas de vocês pensarão agora: “Mas que coisa mais antiga essa!”
Será?
Será que é antigo entregar-se por amor?
Será que está mesmo errada a mulher que se guarda até encontrar o homem que ame de verdade?
Onde está escrito que temos que ser como a maioria é?
Apesar de todos os métodos contraceptivos há mulheres que preferem fazerem as coisas da forma que aprendeu com seus pais e familiares certas de que seu namorado ou noivo irá respeitar a sua escolha. Porém, nem todos os homens levam tão a sério a virgindade feminina, mas ainda rotulam as mulheres sendo as sérias destinadas ao casamento e as não tão sérias destinadas à diversão.
Não estou dizendo que uma menina que transe com seu namorado será considerada fácil. Nada disso!
O que importa na verdade é o tipo de relacionamento que existe entre os dois, se tudo foi conversado antes e se os dois respeitaram a decisão do outro.
O fator familiar é muito comum quando um dos dois é casado. As mulheres devem saber que geralmente os homens não se separam para ficar com as amantes. Para que se já tem tudo o que querem?
Salvo algumas exceções, a separação ocorre quando o caso extraconjugal é descoberto e a mulher não aceita a situação e pede o divorcio ou outra coisa similar. O homem não se separa porque pode ter uma forte ligação com os filhos, por motivo de partilha dos bens e inclusive por amar a esposa e estar apenas tendo um caso fora do casamento sem nenhum vínculo afetivo ou emocional.
São raras as mulheres que conseguem dizer não ao homem casado que a aborda, geralmente esses homens são atraentes, experientes, carinhosos, eloqüente com as palavras e prometem amor jurando que você é a mulher que ele ama verdadeiramente. O verdadeiro homem dos seus sonhos possui apenas um grande defeito que os impede de serem completamente felizes ele não pode ser seu inteiramente.
Diz não a esse homem “tudo de bom” apenas a mulher cujos valores familiares estejam acima de seus desejos, dizer não é nesse caso uma decisão que ela toma por não acreditar que o amor possa vir trazendo para essa relação à infelicidade de outras pessoas.
Nem sempre dizer não é ruim, muitas vezes dizer não é sinal de responsabilidade, maturidade, autocontrole emocional e acima de tudo, dizer não é poder gerenciar a sua vida e dela fazer a melhor escolha para você.
Por Jussara Melo


  

sábado, 2 de junho de 2018

"EL ANILLO"



Versão do conto "O anel" em espanhol.


EL ANILLO

Juan conoció a Mariana algún tiempo antes de conocer la mujer que amaría y viviría por toda una vida. Ella era linda e hija de una de las familias más influyentes de la ciudad del Rio de Janeiro, él supiera que relacionarse con ella sería imposible y la joven se molestaba por ser tan rica, tan linda y tan infeliz. La causa era no poder estar junto de aquel que era el hombre de su vida.
Estaba segura que si no pudiera ser la esposa de Juan no lo sería de ninguno otro, pensaba en las largas madrugadas que pasaba llorando sin que nadie la oyera, quería vivir entre los tejidos del sastre de ojos verdes y sonrisa fácil que la encantó desde el inicio. La decisión de tornarse monja y encerrarse por toda su vida dejó de espanto a sus padres que ya imaginaban la casa llena de nietos cuando la hija se casase con uno de los herederos más deseado de la ciudad. Todavía Mariana no pensaba obedecer las normas de aquella sociedad sin amor, sin libertad y sin la opción de elegir.
Mariana buscó el joyero más respetado del hogar y le encargó aquel que sería lo único recuerdo que Juan tendría de su existencia. Pidió que hiciese un anillo y que grabase en él las iniciales de sus nombres. Cuando ella lo colocó en sus manos el chico inmediatamente se transformó en un hombre y las primeras lágrimas brotaron acusadoras acordándolo que él nunca sería suficientemente bueno para la doncella.
Las puertas del convento ahora detenían toda belleza, toda juventud, todos los sueños de la muchacha soñadora. Nunca más seria vista ni amada, ni acariciada por manos masculinas. Los años mostrarían a Mariana el trabajo arduo de su elección, ella se acostumbraría a vivir sin Juan, serviría humildemente al que la creó.
Juan miraba el anillo y lo admiraba siempre que sus dedos tocaban las iniciales de sus nombres: “Juan y Mariana”. El anillo no lo dejaba olvidar ningún instante de aquella chica rica que por amor se negó al mundo. Poco a poco el trabajo empezó a tomar gran parte del tiempo en la vida de aquel hombre esforzado y talentoso, sabía que era un excelente sastre, pero lo que recibía era poco comparado al que merecía. Jamás conseguiría sacar a Mariana del convento y convencer a sus padres a dejarlos vivir aquel amor puro y verdadero. Tendría que olvidarla. Precisaba alejarse completamente de aquellas calles que lo acordaban, guardó todo el dinero que pudo y tomó el autobús que lo llevaría a São Paulo y también a su futuro. En su dedo anular el anillo, llevó así a Mariana contigo.
La ciudad lo recibió agitada, aquí no tendría tiempo para pensar en su infortunio. Abrió una pequeña sastrería y conoció a Ángela. Ella no era tan hermosa como la Mariana, pero era mujer seria y trabajadora, baja de estatura y alta en determinación. En poco tiempo los dos ya estaban planeando la boda, los padres portugueses de la muchacha no la querían enamorándose por mucho tiempo y así Juan cuando se vio en una tarde lluviosa ya estaba casado con ella. Él sacó el anillo del anular izquierdo y lo colocó en lo derecho, fuera sustituido por una alianza no muy cara de oro que pudo comprar con los pequeños ahorros que hizo.
Ángela no comprendía la fijación del esposo por aquel anillo hasta que un día cuando Juan estaba adormecido ella lo inspeccionó y vio las iniciales grabadas, letras que no entendía aún el significado, letras importantes para el hombre que ahora era su marido.
Ellos tuvieron cuatro hijos, cuatro pequeñas joyas que hicieron sus días más felices. Ángela todavía, pasaba los días deseando el anillo, deseando que él lo sacase de su dedo y diese a ella, deseando que su esposo se librase de él, ella no sabía el motivo, pero aquel anillo la molestaba. Juan no soportaba más los cuestionamientos de su esposa y resolvió contarle la historia de aquella joya. Eso no fuera una buena decisión, pues después de este día el anillo pasó a ser una obsesión en la vida de aquella mujer.
Él la vía llorando por las madrugadas y cuando preguntaba lo que estaba ocurriendo ella contestaba: ̶   El anillo.
Dieciocho años se pasara y Juan resolvió sacar aquello que era el único recuerdo de la chica más linda que conociera, lo dio a su primogénita haciéndola jurar que sólo lo daría para el primer hijo que tuviese.
Juan se libró de los cobros diarios de la esposa determinada a destruir aquel que era su mayor temor matrimonial. La hija ahora padecía el fardo de ser guardián de aquella joya, y como hiciera una promesa a su padre la cumpliría. El anillo sólo saldría de su dedo cuando su hija tuviese dieciocho años también.
Ángela no podría tener lo que quería, entonces compraba joyas y las guardaban. Juan pensó que felizmente después de cincuenta años casados la esposa había olvidado la historia, mas él estaba engañado, ella se acordaba de él todos los días de su vida.
Quien lo poseía ahora era la nieta mayor, la primogénita lo ganara como la madre había prometido a su abuelo. Y ella lo usaba como símbolo familiar sin saber la historia que la joya guardaba había más de cincuenta años.
Cuando Juan a los ochenta y nueve años falleció la abuela pidió que la nieta lo acompañase hasta su túmulo, sus dedos temblorosos tocaron aquel que era su mayor deseo de destrucción, ella lo quería para consumirlo, para derretirlo hasta tornarse un nada. Su esposo estaba muerto, pero el anillo aún estaba allí intacto en el dedo de su nieta amada. Un pensamiento único la poseía: ̶  Quiero ese anillo para mí!
Julia visitaba la abuela todo fin de semana. En una de esas tardes, precisamente la última que pasarían juntas la abuela estaba radiante al recibirla y avisó: ̶  Hoy tengo una sorpresa para ti!
La nieta vio cuando la abuela entró en su dormitorio y de allá salió con un bolsillo que parecía estar lleno de monedas. Ella dijo orgullosa: ̶  Esto todo es lo que conseguí guardar todos esos años de vida. ̶  y mirando para el anillo en su dedo dijo: ̶  Yo siempre lo deseé, cambio todas estas joyas por él.
Julia entonces se acordó de las palabras de su mamá cuando le dio la joya. Lloró porque no podría librarse de aquella joya sin antes dejar las memorias de Juan ir con él.
En aquella misma semana su abuela falleció de un mal súbito del corazón, julia sacó el anillo del dedo y lo guardó en una cajita negra de terciopelo. Meses después cuando quiso usarlo otra vez lo buscó, pero ya no más lo encontró.







quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

LEITURA DO LIVRO MAR DE ROSAS - NORA ROBERTS



Mar de rosas é o segundo livro da série Quarteto de Noivas. Nora Roberts apresenta neste mais detalhadamente a personagem de Emma Grant, uma das fundadoras da Votos, empresa de organização de casamentos. Ela é a responsável pela decoração dos eventos, por este motivo passa a maior parte do tempo envolta em flores, aromas, arranjos e buquês.
Filha de pais apaixonada não é de se estranhar o romantismo encarnado nesta personagem, cheia de sonhos e a vontade de encontrar o homem da sua vida, seu verdadeiro amor. 
Na contramão disso tudo temo o personagem de Jack, que é obrigado a conviver com a separação dos pais ainda quando era um menino, causando-lhe traumas que carrega em sua vida adulta. Um homem bonito, bem sucedido, popular entre as mulheres e arredio a qualquer tipo de relacionamento mais sério. Foi Jack o arquiteto responsável na transformação da casa do pais de Parker em um local apropriado para os eventos da Votos.


Mar de rosas é um livro ardente sem ser pernicioso, sexy sem ser vulgar e divertido conforme esses dois amigos percebem a atração que um sente pelo outro e assumem este sentimento que fará a menina das flores da Votos sonhar com seu príncipe encantado e acreditar que o seu verdadeiro amor pode estar mais perto que esperava.
Um livro para ser lido tranquilamente, sem grandes acontecimentos, mas muito romântico e bem escrito: marca predominante dessa série.