sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Quando descobri que ia ser mãe




Isso já faz bastante tempo que aconteceu e claro nunca esqueci. Eu como muitas mulheres, quando resolvi me casar, marquei uma consulta com meu médico de confiança em busca de informações sobre métodos contraceptivos, pois não queria engravidar naquele momento, e o motivo principal era o medo que tinha do parto, muito desse temor vinha da descrição de mães que diziam: ser uma dor insuportável e eu pensava que dor era aquela que algumas mulheres teimavam em passar por várias vezes.
Meu médico na época me pediu vários exames e me receitou a tal cartela que impediria por algum tempo que eu sentisse tão forte dor, porque na época sinônimo de gravidez para mim era isso: uma dor terrível.
Preparativos para o casamento e eu começando naquela vida de mulher madura primeiro internamente, tomando aquele remédio que me dava às vezes enjoo, com ardência nos olhos e um questionamento interior que me deixava muito insegura a respeito da eficácia do medicamento e também se era a atitude certa a ser tomada.
Resumindo isso tudo, após três meses de casamento eu comecei a me sentir inchada, com a visão reduzida e fui aconselhada por meu médico a interromper a medição. Estava me sentindo tão infeliz com os estragos que aquele remédio me fez que parei imediatamente e tomá-lo e nem me lembrei do medo e da dor que me fizeram entrar nesse tratamento.
Minha vida estava muito tranquila, tudo novo, sonhos, projetos e muito trabalho e foi exatamente nesse contexto que engravidei. Eu não sabia como ia ser, a única coisa que senti era que a partir daquele momento eu não estaria mais só.
Minha gravidez foi tão normal que continuei a fazer todas as coisas que fazia sem nenhum problema, a única coisa que me lembro de às vezes ao escovar os dentes sentir náuseas, mas isso passou depois do segundo mês. Não tive aquelas vontades extravagantes que algumas grávidas têm de comer alimentos exóticos e de madrugada.
Não fiz o chá de bebê, mas ganhei tantos mimos de pessoas que estavam diretamente ligadas a ele. Fiz diversos ultrassons, porém meu filho não permitiu que eu soubesse seu sexo até que nascesse. Por esse motivo tudo que comprava era nas cores branca, amarela ou verde.
Eu sempre digo que meu parto foi 2 em 1, pois passei por todo trabalho de parto e como não tive dilatação o médico acabou fazendo a cesariana. A dor insuportável foi substituída por uma alegria imensa ao ver meu filho lindo, perfeito e chorando nos meus braços.
Foi nesse momento que descobri porque algumas mulheres teimam tanto em ter essa dor, hoje sei que o principal motivo é que ela vem rodeada de um amor tão profundo e intenso que a suportamos naturalmente porque nascemos para isso.

Escrito em
24/11/2012


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