Por
vezes não conseguimos dizer à pessoa que amamos tudo o que ela necessita saber,
nós os românticos, contamos com a ajuda das estrelas e do vento para fazer isso
por nós...
Algumas
pessoas têm como aliados também a música, os versos e as redes sociais.
Utilizamos os meios de comunicação para extravasar nossos sentimentos, nossas
emoções e desejos e esperamos que a outra pessoa compreenda, que é para ela
aquela mensagem que está sendo compartilhada. Aliás, achamos que a pessoa em
questão vai estar disponível em sua casa frente a um computador, esperando ler
sua mensagem e claro que o “curtir” significaria que ela recebeu e também sente
o mesmo.
Tão
fácil e tão prático!
Será
que nos acovardamos, ou a expressão verbal, o toque, o cheiro, o brilhar dos
olhos, o tremor das mãos, o suor excessivo, a vermelhidão do semblante, deixou
de ser essencial para podermos enfim sentir o amor?
Antes
ouvíamos mulheres questionando “por que ele não telefona?”, hoje o terror é
“por que ele não me “curte”“? Enfim, continuamos esperando que o outro responda
algo que muitas vezes dizemos através de códigos femininos e que alguns homens
não decifram de jeito nenhum.
Como
decifrar um olhar apaixonado, um sorriso sedutor, um abraço mais apertado se
estamos cada vez mais tempo em contato com máquinas. Como sentir essas
sensações diante de uma tela?
Temos
amigos virtuais que muitas vezes mais companhia nos fazem que os que perto de
nós vivem. Sim, eu tenho e - amigas que tanto me ouvem quanto sou ouvida quando
necessito. Não que eu não tenha pessoas ao meu redor, mas parece que nos
sentimos mais protegidos quando não vemos os olhos, quando podemos a qualquer
tempo simplesmente desconectar e voltar em outro momento e simplesmente deletar
a conversa.
Nessa
mesma linha de pensamento alguns de nós age também com pessoas que foram ou
ainda são importantes na nossa vida. Marcamos encontros, pedimos um tempo no
relacionamento, reclamamos, choramos, compartilhamos indiretas, terminamos
relacionamentos e dizemos o que na verdade não temos mais coragem de dizer
pessoalmente, olho no olho. Achando que talvez assim a pessoa sofra menos.
E
exageramos, quando declaramos nosso amor dessa mesma forma indireta, intangível
e imaginamos que a outra pessoa o sinta da mesma forma que seria se o
fizéssemos pessoalmente.
Morremos
de medo do fora pessoal, da negação direta do amor. Encontramos um novo meio de
proteção virtual, porque nesse sentido a dor é sentida e somente nosso
computador testemunha.
Precisamos
voltar a dizer o “amor” como ele merece ser dito, precisamos voltar a sentir o
amor como ele deve ser sentido, a dor, a alegria que ele proporciona nos fazem
humanos, somos diferentes das pedras, somos seres criados para o amor.
Preciso
dizer que te amo...
Existe
frase mais linda que essa?
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